Gravidez interrompida
Um em cada 200 casais vai ter aborto de repetição. Conheça as causas, os tratamentos e o que fazer se você passar por um
Quais são as chances de eu ter um aborto e do problema se repetir?
Entre 15% e 20% das gestações vão ser interrompidas naturalmente por algum motivo (a má-formação genética do embrião, que geralmente não é herdada dos pais, é o mais comum e, na maioria das vezes, esse problema tende a não se repetir) e cerca de 80% dos casos acontecem até a 12ª semana. Quem teve uma perda apresenta mais chances de passar por isso de novo. “O risco sobe para 25% na gravidez seguinte e ultrapassa os 50% na próxima”, afirma Ricardo Barini, coordenador do Ambulatório de Perdas Gestacionais do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher e professor da Universidade Estadual de Campinas (SP).
Por que o aborto de repetição acontece?
Em cerca de 30% dos casos a causa é desconhecida. Nos outros, as mais frequentes são:
Trombofilia: é o aumento da coagulação sanguínea. Na gravidez, podem se formar coágulos na placenta que limitam a troca de oxigênio e alimento entre mãe e bebê. Exames de sangue definem o diagnóstico. Dependendo do caso, o tratamento pode ser feito em casa, à base de injeções diárias de heparina (anticoagulante) na gravidez e até no pós-parto.
Imunológica: durante a gestação, o sistema de defesa da mulher produz anticorpos capazes de identificar proteínas do parceiro presentes no embrião. Com isso, o organismo entende que precisa proteger o embrião. Quando ela não produz esses anticorpos (por uma deficiência do sistema imunológico), essa mensagem não chega para o organismo, que pode expulsar o bebê. O diagnóstico inclui um teste chamado cross-match, que identifica se a mulher tem aqueles anticorpos. Se não tiver, é preciso produzir uma vacina especial, à base das células do marido. A mulher toma uma dose a cada três semanas consecutivas antes de engravidar e repete o teste. Se não der resultado, toma as picadinhas de novo.
Genética: afeta cerca de 4% dos pacientes. O problema mais comum é um desarranjo chamado de translocação balanceada, que afeta homens e mulheres. A pessoa que tem essa alteração é perfeitamente normal, mas na combinação do óvulo com o espermatozoide, mesmo que um deles não tenha o problema, pode surgir esse desarranjo. O organismo, então, reconhece que o embrião é incompatível com a vida e o aborto ocorre ainda no primeiro trimestre. Não existe tratamento. A opção é fazer fertilização in vitro e selecionar os embriões que não tiverem esse problema (esse tipo de manipulação genética é permitida no Brasil).
É possível prevenir o problema? Saiba mais...
Como evitar o achatamento da cabeça do bebê
A Academia Americana de Pediatria fez novas recomendações para prevenir as chamadas assimetrias cranianas, ou seja, quando a cabeça do bebê fica achatada.
Apesar da diminuição das mortes, os pediatras perceberam um aumento significativo nos casos de bebês com assimetrias cranianas, ou seja, com a cabeça achatada. O problema também é conhecido como plagiocefalia posicional. Mas por que isso acontece? O crânio do recém-nascido é composto de placas móveis. Essa mobilidade é necessária para que a criança passe através do canal do parto. O espaço entre essas placas também permite que o cérebro do bebê cresça. Se o recém-nascido fica deitado sempre na mesma posição, as placas não se movimentam na região da cabeça que está apoiada e a deixa plana. Nos Estados Unidos, cerca de 13% das crianças saudáveis têm algum achatamento na cabeça.
Por isso, novas recomendações de cuidados com a cabeça do bebê foram publicadas na revista científica Pediatrics para prevenir esse tipo de problema. Confira:
- Aumente o tempo que a criança fica de barriga para baixo. Segundo o pediatra James Laughlin, autor do novo relatório, o bebê deve passar, pelo menos, 30 minutos por dia nessa posição. O ideal é ir aumentando esse tempo aos poucos para que a criança se acostume e desenvolva os músculos do pescoço e da nuca. “Além disso, estudos mostram que bebês que ficam nessa posição têm melhor desenvolvimento motor”, diz o especialista. Saiba mais...
Laptop com Wi-Fi danifica espermatozoides, diz pesquisa
Estudo mostra que, se usado no colo, o calor gerado pelo computador afeta a qualidade do esperma
Para chegar a esse resultado, os cientistas, liderados pelo bioquímico Conrado Avendaño, da Sociedade Argentina de Medicina Reprodutiva, recolheram amostras de sêmen de 29 pacientes saudáveis e as dividiram em duas partes: a primeira foi exposta a um laptop conectado à web via Wi-Fi durante 4 horas. A segunda foi incubada em condições idênticas, porém sem a exposição à conexão ou ao computador.
Em seguida, os pesquisadores avaliaram a mobilidade e a fragmentação do DNA de cada amostra. Os resultados mostraram que aqueles expostos ao laptop com Wi-Fi mostraram uma queda significativa na mobilidade e um aumento na fragmentação do DNA, o que pode causar a morte celular.
Segundo o urologista Renato Fraietta, da Universidade Federal de São Paulo, estudos anteriores já haviam demonstrado que a temperatura dos laptops é também prejudicial aos espermatozoides. "Quando o portátil fica no colo, a temperatura dos testículos sobe 2,5ºc em uma hora – o que é muito perigoso, uma vez que a produção de esperma depende de baixas temperaturas para acontecer", explica o urologista.
A infertilidade é um problema que afeta cerca de 15 % dos casais, de acordo com a Academia Americana de Medicina de Família, sendo que 5% desses casos estão relacionados apenas ao homem por uma série de motivos: infecções, desequilíbrios hormonais, tabagismo, etc. O uso do computador no colo não está entre os principais fatores, mas não custa evitar, não é mesmo? Crescer
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