segunda-feira, 7 de maio de 2012

Agropecuária_03_04


10 03 12
Programa busca reduzir intoxicações por agrotóxico no país
Uso indevido do insumo agrícola está no topo dos casos de morte por contaminação

 Shutterstock
Os agrotóxicos representam a quinta principal causa de intoxicações humanas no Brasil, conforme pesquisa doSistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No período de 2000 a 2009, foram registrados 4.974 casos, contra 26.286 da causa principal, o uso indevido de medicamentos. Mas o uso indevido do insumo agrícola está no topo dos casos de morte por intoxicação. No mesmo período, 1.412 pessoas morreram por contato, inalação ou ingestão de agrotóxicos, média de 157 mortes por ano.

Com o propósito de reduzir esse índice, foi apresentado nesta quinta-feira (8/3), em Sorocaba, o Cultivida, um programa nacional de conscientização dos produtores rurais para o uso adequado dos defensivos agrícolas. A iniciativa da Ihara, indústria com sede em Sorocaba que há 47 anos atua no mercado brasileiro de agroquímicos, tem o apoio doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e parceria com institutos de pesquisa, toxologistas, prefeituras esindicatos rurais. A empresa vai investir R$ 2,8 milhões este ano para levar as ações a 13 municípios do país nos quais a incidência de intoxicação por agroquímico é alta.

Até 2016, o programa será estendido a 45 municípios brasileiros, seis deles no Estado de São Paulo: Mogi das Cruzes, Piedade, Pilar do Sul, São Miguel Arcanjo, Monte Mor e Apiaí. "São cidades com predominância de pequenosprodutores e agricultores familiares, com culturas que exigem grande número de pulverizações, sobretudo frutas e hortaliças", explicou o engenheiro agrônomo Rodrigo Naime Salvador, gerente da Ihara. Os agricultores serão chamados para palestras e atividades de campo.

O programa prevê o treinamento de agentes de saúde para identificar e tratar os casos de intoxicação, a formação de líderes nas comunidades e o desenvolvimento de estratégias de abordagem dos produtores rurais. A aplicação correta dos insumos e o uso de equipamentos de proteção estão entre as ações chamadas de "insistentes". "Vamos mostrar que o agrotóxico é perigoso, sim, mas também que, sem ele, à luz da ciência, não é possível produzir alimentos em quantidade e com qualidade", afirmou Salvador. GR
10 03 12
Indústria do tabaco reforça lobby 
para manter aditivo
Sindicatos de produtores lançaram um manifesto sugerindo a criação de uma câmara técnica para aprofundar a análise do assunto

Marcelo Curia
A indústria do tabaco reforçou esta semana o lobby para tentar barrar a aprovação da regra que proíbe o uso de aditivos nos cigarros, como menta e cravo. A cinco dias da votação do texto da resolução, em discussão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde o ano passado, sindicatos de produtores lançaram um manifesto sugerindo a criação de uma câmara técnica para aprofundar a análise do assunto.

A pressão extrapola a Anvisa, onde o assunto deverá ser decidido na próxima terça-feira (13/9). Garantindo queprodutores estariam sob risco se a restrição fosse aprovada, representantes da indústria enviaram uma apelo para a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em carta, eles afirmam não haver evidências científicas de que o uso de aditivos aumente o risco à saúde dos cigarros e observam que nenhum país adotou medida tão rigorosa quanto a que está em estudo no Brasil.

Grupos antitabagistas e associações médicas contra-atacaram na mesma moeda. Também em carta endereçada à ministra, eles contestam a afirmação de fumicultores de que a proibição colocaria em risco a subsistência de pequenos agricultores e reforçam a necessidade da proibição de aditivos - considerado por médicos como um artifício usado pela indústria para atrair jovens para o tabagismo.

"Não temos objeção à proibição de produtos como morango ou chocolate. Mas não há razão para retirada do mentol, do cravo e do açúcar", afirmou o Carlos Galant, da Associação Brasileira de Fumo. Como argumento, o grupo citou um estudo que demonstraria que o risco de cigarros mentolados de câncer do pulmão seria menor do que o de cigarros comuns. A Anvisa, em nota, afirmou que não iria se manifestar sobre documentos ou estudos divulgados pela entidade.

Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, afirmou nesta quinta-feira (8/3) que a versão do texto da resolução que deverá ser votada na próxima semana pela Anvisa é ainda mais restritiva que o documento original. Se aprovado, completou, ele inviabilizaria a fabricação de 99% dos cigarros atualmente comercializados no país. A mudança teria sido provocada pela descrição de todos os produtos que não poderiam ser usados como aditivos: não apenas produtos que conferem sabor ao cigarro, mas também ingredientes que atuam na estabilidade e na harmonia do paladar.

Anvisa

A Anvisa, por meio da assessoria, informou que o texto em discussão proíbe aromatizantes, flavorizantes e ameliorantes, usados para reduzir a irritação da fumaça do cigarro. Nada que não tivesse sido descrito na primeira proposta. A versão que está em discussão pela Anvisa prevê a proibição de aditivos de cigarros, com uma exceção: o açúcar. Pela proposta em análise, o uso do açúcar seria analisado dentro de um ano, depois de ouvidos especialistas sobre o assunto.Agricultores garantem que a adição do produto é indispensável no caso do fumo Burley, que perde o açúcar existente na folha durante o processo de secagem.

A exceção não havia sido prevista na primeira versão, colocada em consulta pública no ano passado. A mudança foi feita justamente para tentar reduzir a polêmica. Em fevereiro, a proposta foi discutida durante uma reunião pública da diretoria da Anvisa. Mas não houve acordo. O assunto deverá ser decidido na próxima terça, durante nova reunião de diretores. GR
10 03 12
Soja: a segunda onda da biotecnologia
Meus leitores podem ver pela primeira vez imagem dacolheita de uma nova linhagem de soja transgênicadesenvolvida exclusivamente no Brasil. Quem a plantou para experimentação foi o sojicultor Paulo Roberto Fiatikoski, 58 anos, em sua propriedade no município de Piracanjuba, a 90 quilômetros de Goiânia, capital de Goiás. Denominada Intacta RR2 PRO, ela está sendo avaliada sob o inclemente clima tropical, onde os ataques de insetos, como as lagartas da soja, não dão trégua às lavouras. Na última quarta-feira (7/3), nós registramos por meio das imagens de Sérgio Zacchi a ação das colheitadeiras na Fazenda São Miguel, de Paulo Roberto, um paulista de Morro Agudo que, em 1985, deixou para trás as terras caras do seu Estado e foi embora domar as áreas virgens e então baratas da região sul de Goiás.

A Monsanto informa que aposta na Intacta (o nome é devido à resistência a ervas daninhas e a insetos da linhagem, o que garante a integridade das folhas) e começou o desenvolvimento da tecnologia há 10 anos. No entanto, as sementes foram plantadas somente em novembro do ano passado, caso da propriedade de Paulo Roberto, mais conhecido por Paco. Além dele, a empresa selecionou 500 sojicultores “parceiros” de Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, entre outros Estados, para os testes, e a colheita já foi iniciada nas fazendas desses agricultores também. Segundo Rogério Andrade, da Monsanto, gerente responsável pela apresentação do produto no Brasil, outro diferencial positivo da Intacta é o potencial produtivo maior do que variedades transgênicas consagradas. “Ela possui ainda tolerância ao glifosato como outras sementes modificadas.” Rogério continua: “nós chamamos o advento da Intacta como a segunda onda da biotecnologia”, e acrescenta que a variação já foi aprovada pelo Comitê Nacional de Biotecnologia (CTNBio).

Paulo Roberto revela que a produtividade da Intacta realmente superou a da variedade RR, que ele cultiva há vários anos. “Conseguimos excelentes 65,8 sacas por hectare contra 55,3 sacas da RR.” Além disso, ressalta, os custos também caíram por conta de não haver, no caso da Intacta, necessidade de combater as lagartas.

Rogério Andrade avisa que a fase é ainda de experimentação. “Somente depois de avaliarmos os testes nas 500 fazendas é que o produto irá para o mercado.”

(Foto: Divulgação/Sérgio Zacchi/Monsanto) GR
 
10 03 12
Safra de grãos em Mato Grosso deve ultrapassar 35 milhões de toneladas
Resultado deixa estado como maior produtor nacional de grãos.
Milho deve registrar maior crescimento em produção, dizem IBGE e Conab.
Por dia são escoadas cerca de 100 mil toneladas de grãos no Porto de Paranaguá. (Foto: Divulgação Porto de Paranaguá)

A safra mato-grossense de grãos deve superar em 2011/12 os 35 milhões de toneladas, estimaram nesta quinta-feira (8) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado consolida a unidade federada como a maior produtora de grãos do país neste ano agrícola. Problemas com a estiagem nos estados do sul contribuíram para baixar a produção no Paraná e Rio Grande do Sul.

Apesar de utilizarem metolodogias diferentes ambos os representantes do governo convergem em números semelhantes para o volume de grãos que deverá ser retirado do campo neste ano. Para o IBGE, 35,1 milhões de toneladas, enquanto para a Conab outros 35,4 milhões de toneladas. Leia mais
03 03 12
Monsanto repassa R$ 3,8 milhões para a Embrapa
Fundo mantido pelas duas emrpresas vai beneficiar oito projetos nacionais
Pesquisadores da Embrapa vão ter um apoio extra no início deste ano. Oito projetos voltados para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira receberão, ao todo, R$ 3,8 milhões do Fundo Embrapa-Monsanto. O valor é parte do arrecadado em direitos de propriedade intelectual, a título de royalties, com a venda de variedades de soja da Embrapa com tecnologia Roundup Ready na safra 2010/2011. A Monsanto já repassou ao Fundo de Pesquisa, de 2006 a 2011, mais de R$ 29 milhões que beneficiaram dezenas de projetos, em sua maioria em biotecnologia, de diversas unidades da Embrapa. Os trabalhos foram selecionados por um comitê gestor. As pesquisas são voltadas para culturas importantes no Brasil – milho, trigo, soja e arroz– e para solução de problemas que afetam a um grande número de produtores.

A manutenção de um fundo em parceria com uma instituição brasileira reforça o compromisso da Monsanto com o país. “A iniciativa abre caminho para o desenvolvimento de outras tecnologias que podem beneficiar o agricultor brasileiro”, diz André Dias, presidente da Monsanto do Brasil. “ Diante do crescimento da população mundial, acreditamos que podemos ser uma alternativa para suprir à demanda por alimentos e fibras. Esse feito só será possível com um esforço conjunto de clientes, governos, organizações não-governamentais, acadêmicos e indústria, para tornar a agricultura mais sustentável.”

Para a Embrapa, a parceria com a Monsanto é estratégica. “Acordos como este, com foco na pesquisa agrícola e inovação, são fundamentais, e estão alinhados com as prioridades do governo, no sentido de reunir os setores público e privado no enfrentamento do desafio global de aumentar a produtividade agrícola de maneira sustentável”, completa o diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes Pereira.
 GR
25 02 12
Brasileiro sofistica consumo 
e descobre os espumantes
Vendas desse tipo de bebida no país crescem 10% ao ano

Editora Globo
A temperatura é de 18 graus célsius. Em uma cave subterrânea, milhares de garrafas encaixadas em cavaletes de madeira – os chamados pupitres – recebem um giro curto e seco, ao mesmo tempo que são ligeiramente inclinadas, em um trabalho manual e diário chamado remuage. Paulatinamente, passam à posição vertical, ficando de cabeça para baixo. Tudo isso para que a levedura antes adicionada à bebida possa se acumular na tampa e ser expulsa após um processo de congelamento do gargalo, o dégorgement. Por fim, acrescentam-se o licor de expedição, para determinar a doçura, e a rolha definitiva. É assim que nasce um champanhe, a fina bebida da região francesa que recebe o mesmo nome – e também os espumantes da Casa Valduga, uma das vinícolas gaúchas que se dedicam a fabricar o produto com base no método tradicional, o champenoise. Editora Globo 
A família Valduga, que fez fama na produção de vinhos desde que aportou no sul do país, no século XIX, vinda da Itália, lançou seu primeiro espumante nos anos 1990. Não foi um sucesso desde o princípio: o que se conta é que mais de 90% das garrafas estouraram, porque a vedação era frágil e não conseguia suportar a pressão que se criava no interior dos vidros. Mas a persistência de João e Juarez, dois dos cinco filhos do patriarca Luiz, foi determinante para fazer o negócio prosperar. Encravada em Bento Gonçalves (RS), em meio ao Vale dos Vinhedos, a vinícola investiu na maior cave de espumantes da América Latina, onde podem ser acomodados 5 milhões de garrafas, embora atualmente esteja repousando lá 1,8 milhão. “Esse espaço que ainda temos por ser utilizado é o que vai nos permitir acompanhar o avanço na demanda brasileira”, afirma Fabiano Olbrisch, diretor de marketing da Casa Valduga, que projeta que as vendas de espumantes da empresa se sobreponham às de vinhos já em 2012. 
Editora Globo 
Diferentemente do mercado de tintos, que enfrentou altos e baixos na última década, o segmento de espumantes só faz crescer. De acordo com o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), foram vendidos 17,6 milhões de garrafas em 2011 e o número de fabricantes no Rio Grande do Sul chega a 100. “As vinícolas do Brasil ainda têm participação pequena no mercado interno de vinhos finos, visto que 80% do que se consome nesse setor é importado. Com os espumantes, acontece o inverso: 75% é nacional”, diz Carlos Paviani, diretor executivo do instituto. Além disso, a bebida confunde menos que os tintos, que apresentam dezenas de opções. “O consumidor só tem de escolher entre três variações principais: o brut, menos doce, passando pelo intermediário demi-sec e chegando ao moscatel, mais doce”, explica. Saiba mais
18 02 12
Dilma nomeia o novo presidente da Conab
Escolhido é Rubens Rodrigues dos Santos, que ocupa a vaga deixada por
 Evangevaldo Moreira dos Santos
por Globo Rural On-line, com informações da Agência Brasil
AFP

A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta sexta-feira (17/2) o novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É Rubens Rodrigues dos Santos, que ocupa a vaga deixada por Evangevaldo Moreira dos Santos.

A exoneração de Evangevaldo foi, segundo o Diário Oficial, feita “a pedido” dele e, de acordo com a Conab, a posse do novo presidente deve acontecer até o dia 24 de fevereiro.

Em abril de 2011, Evangevaldo dos Santos foi indicado ao cargo pelo líder do PTB na Câmara e pré-candidato a prefeito de Goiânia, Jovair Arantes. Ele aguardava há uma semana a indicação do substituto para deixar a Conab. Na carta de demissão encaminhada à presidenta Dilma Rousseff no dia 10, ele disse que “tem sido usado como instrumento de adversários políticos que vislumbram as eleições municipais [do Goiânia], às quais o deputado [Jovair Arantes] concorrerá este ano”.

O novo presidente também é uma indicação do PTB, que negociou apoio à candidatura de Henrique Alves (PMDB-RN) à presidência da Câmara em 2013. O ministro da Agricultura, a qual a Conab é subordinada, é o peemedebista Mendes Ribeiro. GR
18 02 12
Curso sobre higiene alimentar em carnes acontece no Rio de Janeiro
Objetivo é ensinar profissionais que trabalham em todos os estágios de produção a minimizarem os riscos de contaminação
ThinkStock

A consultoria de segurança de alimentos BioSafe, promove nos dias 17 e 24 de março, no Rio de Janeiro, o curso "Produtos de Açougue", para higiene alimentar no corte de carnes.

O objetivo é preparar os pecuaristas a trabalharem com a carne, evitando contaminação, desde o primeiro estágio de produção até a mesa do consumidor.

As inscrições já estão abertas e mais informações podem ser obtidas pelo site www.biosafelab.com.br ou telefone (21) 3154-1137. GR
 
 
18 02 12
Criadores de cordeiro comemoram bom momento da atividade no RS
Produção do Rio Grande do Sul tem venda garantida.
Santana do Livramento tem o maior rebanho de ovinos do estado.
18 02 12
Agricultores suspendem a colheita em lavouras de tomate de SP
Boa parte do fruto está se perdendo nos pés no sudoeste do estado. 
Caixa, que no ano passado era vendida por R$ 25, não passa dos R$ 10.
07 02 12
Citricultor pode suspender o uso de fungicidas não aprovados nos EUA
A necessidade de banir os produtos reflete a decisão da FDA, que barrou há 2 duas semanas a entrada de carregamentos de suco brasileiro
 Shutterstock

Um informe veiculado pelo Departamento de Citricultura da Sociedade Rural Brasileira nos últimos dias alerta para a necessidade de o produtor rural suspender imediatamente o uso do fungicida carbendazim nos pomares brasileiros. A decisão faz parte de uma campanha nacional que visa conscientizar os citricultores sobre a proibição do uso deste fungicida no mercado norte-americano, grande importador do suco de laranja brasileiro, que detém aproximadamente 15% das exportações do Brasil. Além do carbendazim, outros fungicidas que contenham theophanato methyl também devem ter o uso suspenso nos tratos culturais da laranja.

A necessidade de banir o uso destes fungicidas reflete a decisão do Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula o segmento de alimentos norte-americano, que barrou há duas semanas a entrada de carregamentos de suco de laranja concentrado, cujos testes indicaram que continham pequenas doses de carbendazim, produto proibido nos Estados Unidos. Cinco carregamentos brasileiros estão parados até que o FDA se posicione acerca de um pedido de tolerância de importação que a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) fez na semana passada. Leia mais
07 02 12
Contra biopirataria, projeto dá ao açaí o título de fruta nacional
Cupuaçu e rapadura também são produtos nacionais 
patenteados por empresas estrangeiras
Ernesto de Souza
A Câmara analisa o Projeto de Lei 2787/11, que pretende dar ao açaí o título de fruta nacional. A proposta já foi aprovada pelo Senado Federal e tem o objetivo de evitar o uso da marca “açaí” por empresas estrangeiras e garantir o domínio brasileiro sobre o fruto da região amazônica, utilizado nasindústrias de alimentos e de cosméticos.

“Ao se declarar o açaí fruta nacional, o objetivo é chamar a atenção para o potencial nutricional e econômico guardado pela floresta amazônica. Ademais, é importante também que seja assegurada a plena utilização da biodiversidade de nosso país”, justifica o autor da proposta, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

Em 2003, o açaí foi patenteado pelo Japão como propriedade da empresa K.K. Eyela Corporation. O governo brasileiro conseguiu cancelar o registro da marca somente em 2007. As autoridades brasileiras também foram à justiça para questionar o uso da marca por empresas norte-americanas, alemãs e inglesas.

Essa não é a primeira vez que o congresso evita o uso indevido de marcas brasileiras. Em 2008, o cupuaçu virou fruta nacional pela lei 11.675/08, originada de um projeto de lei do então senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

O cupuaçu, que como o açaí é um fruto da região amazônica, também foi objeto de briga entre o governo brasileiro e uma empresa japonesa que patenteou a marca. Na época, foi necessária uma representação do governo brasileiro naOrganização Mundial de Comércio (OMC) para garantir ao país o direito de uso do nome do cupuaçu. Segundo informações da Agência Câmara, outro produto nacional que foi patenteado por empresas estrangeiras é a rapadura.

O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Leia mais
07 02 12
Ostra triploide resiste a chamada 
mortalidade de verão
Laboratório produziu dez milhões de sementes da nova variedade.
Primeira safra brasileira triploides começa a ser colhida em julho em SC.

A variedade de ostras triploides está sendo introduzida em Santa Catarina para diminuir o problema causado pela chegada do verão, quando a água do mar esquenta causando a morte de muitos moluscos. Todo o processo começa em laboratório.

As fazendas marinhas do estado concentram quase toda a produção brasileira de ostras. O cultivo começou há 20 anos, depois que estudos da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram a boa adaptação da espécie às condições do mar catarinense. A última colheita chegou a duas mil toneladas, cerca de 24 milhões de ostras. Leia mais
27 01 12
China comprou mais da metade da soja mato-grossense em 2011
País importou 5,09 milhões de toneladas do produto de MT, ou 52,54% do total exportado pelo estado

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Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em 2011, a China comprou 5,09 milhões de toneladas de soja mato-grossense, ou 52,54% do total exportado pelo estado.

No acumulado de 2011, o Mato Grosso exportou 9,67 milhões de toneladas do grão.

Apesar da diferença no volume de compra, a Holanda e aTailândia ficaram em segundo e terceiro lugar com 516,36 mil toneladas e 456,50 mil toneladas, respectivamente.

Em 2011, o porto de Santos foi a principal rota de saída da soja mato-grossense, com uma participação de 62,52% do total exportado. GR
27 01 12
La Niña é a nova assombração do campo
Os agricultores do Sul do Brasil ficam arrepiados só de ouvir falar do La Niña, fenômeno climático que virou sinônimo de prejuízo no campo.

La Ninã é a mula sem cabeça dos tempos modernos. NoRio Grande do Sul, as perdas na colheita devido à “menina travessa” superam os R$ 2 bilhões e 319 municípios estão em estado de emergência.

No Paraná, depois de um longo período de estiagem, as chuvas voltaram e conseguiram reduzir os prejuízos aos produtores de soja e de milho. No Sudeste, o problema foi o excesso de água.

Ouça o comentário no CBN Agronegócio, clicando aquiGR
23 01 12
Depois da seca, cidades gaúchas sofrem agora com as chuvas fortes
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Depois de dois meses de estiagem, algumas cidades do interior do Rio Grande do Sul foram atingidas por fortes chuvas no fim de semana, principalmente no sul do estado. Em Pelotas, a Defesa Civil estadual informou que houve estragos nos bairros Pestano, Sítio Floresta e Getúlio Vargas, no norte da cidade. O temporal derrubou árvores e destelhou algumas casas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para esta segunda-feira (23/1) tempo parcialmente nublado compancadas de chuva em áreas isoladas. A temperatura deve oscilar entre 16 graus Celsius (°C) e 38°C. Nos próximos dias, o tempo deve permanecer nublado e há previsão de trovoadas.

Mas as chuvas que voltaram a cair no Sul do país ainda não foram suficientes para amenizar a estiagem. De acordo com a Defesa Civil gaúcha, subiu para 319 o número de municípios em situação de emergência devido à seca. Em mais cinco cidades houve notificações preliminares de desastre. A Defesa Civil estimou que cerca de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas pela falta de chuva no estado. GR
23 01 12
Pequenos agricultores participam de feira da agricultura familiar
No evento foram vendidos produtos como queijos, frutas e doces.
Público também pode conferir o talento de artesãos.

Uma feira da agricultura familiar no norte do Rio Grande do Sul mostrou a importância da diversificação nas propriedades. Durante três dias, foram fechadas boas vendas.
Mais de cem pequenos agricultores participaram da 1ª Feira da Agricultura Familiar em Erechim, no norte do Rio Grande do Sul. A produção de uva foi um dos destaques do evento que reuniu produtores de toda região. A família do agricultor Domingos Dariva vendeu mais de uma tonelada da fruta. “A gente está vendendo tanto a uva quanto a imagem da propriedade”, diz.
O visitante gastou R$ 3 para entrar na feira. Mas o valor do ingresso podia ser trocado por qualquer um dos produtos à venda, como queijos, salames, biscoitos e doces.
O público também pode conferir o talento de artesãos que usam elementos da natureza para fazer as peças. Mas uma das áreas mais procuradas foi a praça de alimentação, onde todos os pratos foram elaborados por restaurantes coloniais. A refeição foi acompanhada por música e shows. Mais G1
25 03 12

Filho de ‘brasiguaio’, agrônomo não pensa em viver no Brasil
Clever Romagna, 27 anos, paraguaio, diz que é brasileiro de sangue.
Famílias de brasileiros e descendentes estão na 3ª geração no país vizinho.

O agrônomo Clever na frente da unidade da cooperativa Lar, onde são entregues os grãos. (Foto: Gabriela Gasparin/G1)

Criado no meio de plantações de grãos no noroeste do Paraguai, próximo à fronteira com oBrasil, o agrônomo Clever Pedro Romagna, de 27 anos, é um dos muitos filhos de “brasiguaios” – agricultores brasileiros em terras paraguaias – que nasceram no Paraguai e, agora “crescidos”, seguem sem titubear o caminho escolhido pela família no passado, o de fazer a vida do lado de lá da Ponte da Amizade – que divide Foz do Iguaçu, no Paraná, com Ciudad Del Este, no Paraguai.

“Não me vejo em outra área (...). Por enquanto aqui está sendo rentável para mim, tem muita coisa para evoluir aqui ainda, entende, tem muitas chances de crescer”, afirma Romagna, que fala fluentemente português, espanhol e guarani. Saiba mais
 
19 03 12
Diferenças entre marrecos
Leitor quer esclarecimentos sobre quais as características de cada raça
Editora Globo

Gostaria de saber algumas informações sobre marrecos. Qual é a diferença entre o macho e a fêmea da raça pompom, sua relação com a pequim e como se identifica um casal de marreco cool. É possível cruzar entre si todas as variedades da ave aquática? Para a criação de marrecos é preciso adquirir chocadeira, pois nem com a ajuda de galinhas estou conseguindo o choco dos ovos. 

Gustavo Souza de Ávila, por email 

R: Marrecos de pompom machos adultos possuem porte maior do que o das fêmeas e, na cauda, uma ou duas penas viradas para cima. As marrecas emitem um som alto, bem mais destacado do que o som baixo dos machos. Nem sempre a raça conta com pompom, característica que pode variar entre exemplares da mesma ninhada. Com diferenças semelhantes aos machos dos marrecos pompons, as fêmeas da raça cool ainda se distinguem na variedade cool gray pelo tom pardo das plumagens, o oposto do colorido da ala masculina. Apesar de muito parecidos quanto a cor e ao porte, marrecos de pompom são diferentes dos de pequim. Se há cruzamento entre as duas raças, nos filhotes prevalece os aspectos do marreco de pequim. Com a mistura, no entanto, as aves deixam de ser puras, possibilitando ainda a geração de exemplares de má qualidade e sem características. Por isso, não é recomendado que raças diferentes de marrecos cruzem entre si, inclusive nem é possível entre algumas delas, como a carolina e a mandarim. Marrecas de pompom, de pequim e cool são boas reprodutoras, porém não são todas que apresentam vocação para chocar os ovos. Na criação da raça pequim é preciso utilizar amas ou chocadeiras, equipamento que pode ser adquirido em lojas de produtos agropecuários.

CONSULTORA: MARIA VIRGÍNIA F. DA SILVA, membro da ABC Aves – Associação Brasileira de Criadores de Aves de Raça Pura, endereço para correspondência: Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, Interlagos, São Paulo, SP, tel. (11) 5667-3495, www.abcaves.com.br  GR

14 03 12
Pecuária ocupa maior parte de áreas desmatadas na Amazônia Legal
Percentual de ocupação chega a 62%, segundo Governo Federal.
Em Mato Grosso, percentual chega a 68%, enquanto agricultura 16%.
14 03 12
'Relaxamento' propiciou ferrugem na soja, diz presidente da Aprosoja-MT
Mato Grosso é o segundo em casos da ferrugem asiática.
Safra em 2011/12 deve superar 20 milhões de toneladas.
14 03 12
Laranja apodrece no pomar e causa problemas 
aos agricultores de SP
Agricultores do sudoeste do estado não conseguiram negociar a safra.
Estratégia de deixar os frutos estragarem no pomar traz mais prejuízo.
11 03 12
Gordura animal 'encanta' empresários 
norte-americanos
Empresa quer produzir combustível limpo a partir de gordura de boi para complementar a oferta de petróleo. Brasil já produz biodiesel de sebo.
Ernesto de Souza


A produção de combustível limpo a partir do aproveitamento de gordura animal, o sebo bovino, pode revolucionar aindústria de biocombustíveis nos Estados Unidos, informou o portal de notícias The Huffington Post. O noticiário online, um site agregador de blogs e colunistas norte-americanos (e que tem um espaço dedicado à economia latina) afirma que o sebo está encantando os investidores naquele país, pela eficiência da produção e asustentabilidade do produto. Mas o portal não cita, em momento algum, o modelo brasileiro de produção.

Lá, a produção de biocombustível ocorre em uma fábrica daDynamic Fuels localizada no estado de Louisiana. A Dynamic Fuels é resultado da joint-venture entre a Tyson Foods, produtora de carnes, e a Syntroleum, empresa de combustíveis sintéticos. De acordo com o The Huffington Post, o sucesso na produção (iniciada em outubro de 2010) do biocombustível empolgou tanto que os investidores já anunciaram a ampliação da fábrica, mas não citaram valores.

A fábrica em Louisiana produz 5 mil barris de biocombustível por ano a partir de resíduos de boi e óleos vegetais gerados nas linhas de produção da Tyson Foods. Este produto tem como destino companhias aéreas e ferroviárias. A Dynamic Fuels vende o biocombustível diretamente para os seus clientes, sem a intervenção do governo.

Um destes clientes é a empresa aérea holandesa KLM, que já instituiu que todos os voos realizados entre Amsterdã e Paris utilizassem o produto. O The Huffington Post afirma que no total, a KLM usa biocombustível de gordura de boi em 200 voos comerciais.

No Brasil, a gordura animal é a segunda maior fonte de matéria-prima para o biodiesel, atrás da soja. Estima-se que 16% da produção nacional de biodiesel seja proveniente da gordura gerada em frigoríficos.

Mas diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, a comercialização do biodiesel no Brasil tem que passar, obrigatoriamente, pelo governo, já que o produto não é utilizado diretamente pelo consumidor e sim, misturado ao diesel fóssil derivado de petróleo. (Até agora, 5% de biodiesel é adicionado ao diesel)

Através de leilões da Agência Nacional de Petróleo, as usinas de biodiesel vendem o produto ao governo, que revende às distribuidoras.

Em Lins, no interior de São Paulo, está uma das maiores usinas de biodiesel a partir de sebo bovino do país. A unidade, hoje de propriedade da JBS/Friboi, foi inaugurada em 2006 pelo Grupo Bertin, ao lado do frigorífico (hoje, também pertence à JBS). GR
 
10 03 12
Pecuaristas mostram entusiasmo nos negócios na Expoinel, no MT
Criadores de várias partes do país estão reunidos em Cuiabá.
Exposição de Gado Nelore reúne grandes exemplares da raça.
10 03 12
Comitivas estrangeiras ajudam a alavancar negócios na Expodireto
Nesta edição, rodadas de negócios tiveram a participação de 70 países.
Exposição está sendo realizada no município de Não-Me-Toque, no RS.
10 03 12
Safra reduzida causa aumento no preço 
do fumo no RS
No início de comercialização, indústrias aumentaram a demanda.
Fumicultores recebem até 30% a mais em comparação ao ano passado.
10 03 12
Desempenho do milho ajuda levantar números da safra de grãos
Conab divulgou em Brasília nova estimativa.
Clima melhorou um pouco no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
06 03 12
Projeto de irrigação construído com dinheiro público está parado em PE
Na zona rural de Petrolina, sertão de PE, parte do canal não tem água.
Por causa disso, muitos agricultores desistiram da plantação.
06 03 12
Problemas climáticos causam queda na produção de soja em MS
Mato Grosso do Sul deve colher 4,9 milhões de toneladas de soja.
Estado registra redução de 4% em relação à produção da safra passada.
06 03 12
Colheita antecipada de variedade de ponkan rende lucro ao produtor
Produtor consegue vender a safra mais cedo ao mercado.
Proximidade do pomar com a represa de Furnas favoreceram o cultivo.
25 02 12
Embrapa pesquisa filme plástico que pode estender vida útil de frutas
Ideia é desenvolver um revestimento que, ao aderir à casca dos alimentos, diminua a taxa de respiração e prolongue o consumo
.Editora Globo
Um estudo conduzido pela Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza (CE), pretende estender a vida útil de frutas com o uso de filme plástico. A ideia é desenvolver um revestimento que, ao aderir à casca dos alimentos, diminua a taxa de respiração e prolongue o consumo. “A expectativa é conseguir dobrar o tempo de prateleira dos produtos”, afirma Henriette Azeredo, responsável pela pesquisa.

Para formar essa barreira, ela quer criar um plástico biodegradável e comestível. Segundo a pesquisadora, o desafio é melhorar o desempenho do material, que tem menos elasticidade e resistência que os plásticos comuns.

O estudo prevê adicionar produtos da nanotecnologia aos filmes, como monoargila e nanofribras de celulose.

"O amido tem boa barreira ao oxigênio, mas não ao vapor de água. Assim, combinamos com a cera de carnaúba, que tem essa qualidade”, diz Henriette. Ela também testa misturas com goma de cajueiro e polpas de frutas.
21 02 12
Ministério da Agricultura passa a autorizar fazendas a exportar carne
Goiás tem 452 propriedades habilitadas a exportar a carne para Europa.
Em janeiro, os frigoríficos venderam para o exterior 86 mil toneladas. Leia mais
21 02 12
Centros de Tradições Gaúchas reúnem movimento cultural popular 
Local mantém viva a história e tradição do povo gaúcho.
Centro de Tradições Gaúchas movimentam recursos em todo país.Veja mais
21 02 12
Agricultores começam a colheita do feijão das águas em MG 
Área plantada diminuiu, mas a produtividade superou a expectativa.
Apesar da chuva, produtores observam que a qualidade não foi afetada. Saiba mais
21 02 12
Agricultores do Nordeste torcem por uma boa safra na região
Primeiras chuvas começam a cair em algumas localidades.
Agricultores aproveitam para iniciar o trabalho de corte da terra. Saiba mais
 
18 02 12
Defesa comercial do coco seco acaba em 2012 e pode impactar produção nacional
A partir de agosto, agricultores brasileiros terão de encontrar alternativas para competir com o produto importado

Editora Globo
As medidas de defesa comercial da cultura do coco estabelecidas pelo governo brasileiro em 2002, que limitam as quantidades de coco seco que podem ser importadas, encerram sua validade em 2012 e poderão afetar profundamente o mercado e a produção no país. Há dez anos as importações de coco seco têm cotas limitadas pelo governo com o objetivo de salvaguardar a produção nacional, segundo explica o pesquisador Carlos Martins, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE). “Em 2006, houve prorrogação por mais quatro anos. Atenta a esta situação estagnada e preocupante, a Câmara de Comércio Exterior(Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, emitiu em julho de 2010 a Resolução 51, documento que trazia a nova prorrogação da medida de salvaguarda, desta vez por um período menor, até 31 de agosto de 2012”, conta. 

Segundo a assessoria técnica da Camex, não é mais possível obter uma nova prorrogação da medida de proteção. O período de salvaguarda já atingiu o prazo máximo estabelecido pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que é até maior para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Diante disso, os produtores brasileiros terão de encontrar alternativas para competir com o produto importado.

Martins revela que, com o término da medida e por conta do menor preço do produto no mercado internacional, as importações poderão aumentar consideravelmente, com consequências sérias à cadeia produtiva do coco, que já vem sofrendo com a expansão das áreas plantadas com cana-de-açúcar e a intensificação do mercado imobiliário.

As consequências sociais dessas mudanças também serão grandes, especialmente no Nordeste, onde os pequenos produtores predominam na cultura do coco, com características de extrativismo. De acordo com números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 90% dos estabelecimentos apresentam de dez a 100 hectares, e 53,8% deles possuem menos que 10 hectares. Para o presidente do Sindicato Nacional dos Produtores de Coco do Brasil(Sindcoco), Francisco Porto, a concorrência inviabiliza a produção doméstica em condições justas de competitividade.

Segundo informações da Embrapa, os maiores impactos deverão ocorrer na faixa litorânea do Nordeste e no Norte, regiões que, segundo o IBGE, respondem por cerca de 70% da produção nacional, devido às vantagens do clima tropical úmido. A Bahia lidera a produção, seguida por Sergipe e Ceará, que juntos respondem por mais de 50% do coco produzido no Brasil. Rio de Janeiro, Espírito Santo e Pará também devem sentir as mudanças, pois detêm os melhores índices de produtividade.

O presidente do Sindcoco acredita que a solução de curto prazo mais viável é estabelecer condições legais para que a indústria de processamento dos países exportadores atenda às mesmas normas de saúde, higiene, segurança do trabalhador e do meio ambiente em vigor no território brasileiro. “É importante que esses produtores internacionais sejam fiscalizados pelas autoridades trabalhistas, agrícolas e sanitárias do Brasil. Somente assim teremos um cenário mais justo de competitividade setorial”, defende. GR
18 02 12
Produtividade do feijão supera expectativa de agricultores em MG
Clima contribuiu para o desenvolvimento das lavouras.
Produtores começaram a colheita do grão no estado.
18 02 12
Aumento de exportações de carne bovina anima pecuaristas de SP
Criadores com boi rastreado investem visando o mercado externo.
Pecuaristas acreditam que a perspectiva é promissora para 2012.
07 02 12
Oeste da Bahia deverá colher safra recorde, mas logística preocupa
Condições precárias das rodovias dificultam o escoamento da produção
Aiba/Divulgação


Com dois milhões de hectares plantados, 10% a mais que na safra passada, o cerrado da Bahia, no Oeste do Estado, deve colher quase oito milhões de toneladas de grãos ao final do ano agrícola de 2011/2012, 13% a mais que no ciclo anterior. A estimativa é do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que concluiu esta semana o 2° Levantamento da Safra 2011/2012. Se confirmados os prognósticos, será um novo recorde de produção. Mas, a perspectiva que, por um lado, anima os produtores, também é motivo de preocupação, devido às condições precárias da malha de rodovias estaduais e vicinais para o escoamento da produção e trânsito dos insumos agrícolas. 
Aiba/Divulgação 
De acordo com o presidente da Aiba, Walter Horita, a logística da safra da região, entre produção e insumos, demanda o equivalente a mil caminhões com capacidade de transportar 37 toneladas por dia, durante os 365 dias do ano.

“Estamos virando reféns de nossa própria competência. Aperfeiçoamos o processo de produção, mas a logística estadual é lastimável, pois não acompanhou o crescimento regional. As estradas estão intransitáveis, principalmente noperíodo de chuva. Isso aumenta o tempo necessário para o transporte, encarece os custos de produção, e tira a competitividade do nosso produtor. Sem falar que representa um grande risco de vida para quem transporta a carga, ou trafega nas estradas”, diz Horita.

Protocolo

Em 31 de agosto de 2009, o Aiba assinou com o governo baiano um Protocolo de Intenções, como parte do Programa Estadual de Rodovias do Oeste Baiano, para manutenção e implantação de 800 quilômetros nas rodovias da região. No escopo do projeto, uma Parceria Público-Privada (PPP), está a construção de um corredor viário de 220 quilômetros, obra com custo estimado de R$ 100 milhões, que ligará o município de Luís Eduardo Magalhães a Formosa do Rio Preto, passando por Riachão das Neves, conectando a BA459 (Anel da Soja) à BA 225 (Coaceral), atendendo diretamente mais de 500 mil hectares de lavouras em uma das áreas de maior expansão agrícola do cerrado baiano. Este trecho foi batizado de Rodoagro.

“O projeto executivo estará finalizado em fevereiro e foi viabilizado com recursos da iniciativa privada. Agora precisamos que o governo priorize sua participação na execução desta obra. A região Oeste é um dos maiores polos agrícolas do país. É grande geradora de empregos e divisas e não pode ter seu desenvolvimento estrangulado pela falta de infraestrutura”, disse o vice presidente da Aiba, Sergio Pitt.

Safra 2011/2012

O milho foi a cultura que mais cresceu em área, de acordo com o 2° Levantamento da Safra 2011/2012. Foram 59% a mais que no ciclo anterior. A participação da commodity na matriz produtiva da região ficará em 12% da área, percentual ainda abaixo da recomendação técnica para a rotação de culturas, que varia de 25% a 33%. O mercado determinou o aumento da área plantada. Os preços do milho, que amargaram depreciação durante muitos anos, tiveram uma sensível melhora no último ano. O cerrado baiano deverá produzir em torno de 2,2 milhões de toneladas de milho, 46% a mais que na safra passada, com produtividade de 150 sacas por hectare.

O algodão do Oeste desacelerou a expansão. Vai crescer, nesta safra 4%, contra 51% no ciclo anterior. A área plantada com algodão passou de 371 mil hectares em 2010/2011 para 386 em 2011/2012. Já a produtividade está estimada, a princípio, em 265 arrobas por hectare. A explicação para decisão de plantio também foi o mercado. Após meses de histórica ascensão nos preços, estes começam a se estabilizar. Em reais, a arroba do algodão está valendo R$ 54,00, contra R$115,74 no mesmo período da safra passada. Leia mais
 
07 02 12
Agroceres anuncia aquisição da Inaceres
Com a compra de 50% da parte do grupo equatoriano Inaexpo, o grupo Agroceres assume 100% da empresa líder no mercado de palmitos cultivados no Brasil
Editora Globo
A Agroceres anunciou nesta segunda-feira (6/2) a aquisição de 50% da Inaceres, empresa líder no mercado brasileiro de produção, industrialização e comercialização depalmitos cultivados de pupunha, que pertencia ao grupo equatoriano Inaexpo. Com a medida, a Agroceres passa a controlar 100% desta unidade de negócios.

“Foi uma parceria que combinou a capacitação da Agroceres no agronegócio brasileiro com o conhecimento específico da Inaexpo no negócio de produção e industrialização de palmitos”, afirmou o diretor superintendente da Inaceres, Ricardo Ribeiral. Ele acrescenta que a Inaceres está bem estruturada e com capacidade de produção no campo, estrutura industrial e conhecimento de mercado para dar continuidade ao seu processo de crescimento nos próximos anos. Esta é a terceira importante aquisição realizada pela Agroceres nos últimos 18 meses.

“Analisamos continuamente diversas alternativas para expandir e aumentar a eficiência de cada um dos nossos negócios e não descartamos novas aquisições, principalmente no nosso negócio de nutrição animal, onde existe uma combinação de destacada capacitação interna e um mercado amplo e seletivo”, afirma o presidente do grupo Agroceres, Fernando Pereira.

A Agroceres atua no negócio de Palmitos Cultivados, com as marcas Gini, Golden Palm, Palma D’oro e Aquarela. Além disso, o Grupo tem outras quatro unidades de negócios: a Agroceres Multimix, uma das empresas líderes no mercado de suplementos para nutrição animal; a Agroceres PIC, de genética de suínos; a Atta-Kill, que atua no mercado de iscasformicidas com a marca Mirex-S; e a Biomatrix, especializada em sementes de milho e sorgo híbridos. GR
27 01 12
Programa ABC tem 20 propostas em análise
Segundo o coordenador da iniciativa, mais de 200 projetos já foram enviados ao Banco do Brasil, mas ainda sobram recursos

O coordenador do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Celso Martins, afirmou que as linhas de financiamento para o programa são pouco acessadas pelos produtores. “É uma linha nova, que iniciou em 2010, mas também existe pouco conhecimento dos produtores rurais”, informou ele, durante a Showtec 2012, evento que segue em Maracaju, MS, até esta sexta-feira (27/1).

A linha de crédito tem juros baixos, de 5,5% ao ano, e um recurso total de R$ 3,15 bilhões para o país. Conforme Martins, cerca de 200 propostas foram apresentadas para obtenção de recursos, e 20 estão em processo de aprovação. “O Banco do Brasil também precisou de instrução para saber como é o projeto e qual a análise que precisa ser feita em relação às propostas”, explicou.

As atividades beneficiadas pelo programa ABC são plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, atividade de reflorestamento e integração lavoura-pecuária. GR
 

23 01 12
Sistema de rastreamento facilita vida de criadores no sertão de AL
Chip com código de barras está sendo implantado em ovinos e caprinos.
Eles identificam procedência e desenvolvimento de cada animal.

O sistema vai entrar em operação com 8 mil animais e 200 criadores do Alto sertão de Alagoas. A seleção foi feita por uma cooperativa agrícola da região, parceira do projeto.

No lançamento, os produtores rurais ouviram explicações sobre o programa de rastreamento de ovinos considerado pioneiro no Brasil. Cada animal cadastrado receberá um brinco. A identificação será feita através de um código de barras, onde são armazenadas uma série de informações sobre os animais.

Os dados coletados serão implantados em um portal que vai permitir o acesso através da internet nas informações contidas no código de barras por meio do número de identificação dos brincos.

O sistema permite que qualquer pessoa tenha acesso a todas as informações sobre os animais e possibilita acompanhar o desenvolvimento de cada um deles, desde o nascimento até o abate.

Um dos objetivos é dar mais segurança aos consumidores e donos de frigoríficos e supermercados, que através dos códigos de barras poderão conhecer a origem dos animais e saber detalhes dos produtos que vendem ou consomem. Mais G1
27 01 12
Preços dos adubos fosfatados têm queda de 2,7%
Valores ainda podem recuar mais, em função da menor demanda e liquidação de estoques das empresas
 Shutterstock
Os preços dos fertilizantes fosfatados caíram, em média, 2,7% em janeiro, na comparação com dezembro de 2011. OMAP (monoamônio fosfato) ficou 1,5% mais barato no período. Para o superfosfato simples a queda foi de 2,3%.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, osuperfosfato simples granulado está cotado em média a R$727 por tonelada em São Paulo. Os menores preços giram em torno de R$600 por tonelada. Na comparação com janeiro do ano passado, o pecuarista ou agricultor está pagando 4% mais pelo insumo.

Em curto prazo, os preços dos fertilizantes podem recuar ainda mais em função da menor demanda neste período e liquidação dos estoques por parte das empresas. GR
 
23 01 12
Estiagem compromete parte das lavouras de soja do norte do Paraná
Secretaria Estadual da Agricultura prevê redução de 10% na safra do grão.
Agua é a responsável por levar os nutrientes até as vagens, diz agrônomo.


A chuva dos últimos dias aliviou um pouco a situação das lavouras de soja no norte do Paraná. Mas parte da produção ficou comprometida pela estiagem.

O desenvolvimento da lavoura na propriedade do agricultor Otávio Perin Filho, que plantou 250 hectares de soja em Ivatuba, não está nem perto do imaginado. Em vez de colher 65 sacas por hectare, o produtor só vai conseguir 52 sacas, com redução de 20%. "Nós temos que torcer para que possa dar um enchimento bom e que isso corresponda com um prejuízo menor", diz.

A safra de soja no Paraná era estimada em 14,15 milhões de toneladas, mas a Secretaria Estadual da Agricultura prevê uma redução de 10%. O agrônomo da Emater Paulo Milagres explica que a água é a responsável por levar os nutrientes até as vagens de soja. "É possível acompanhar na lavoura a consequência da estiagem. Na mesma lavoura nós temos vagens com grãos grandes e nós temos vagens com grãos que não encheram. Com isso, a produtividade vai cair, o rendimento do produtor diminui e a região perde. A seca traz estragos a grande prazo”, diz. Mais G1
22 01 12
Ministra da Costa Rica quer 'copiar' agricultura familiar brasileira
Projetos como o Pronaf e o Mais Alimentos servem de exemplo
 para países da América Latina
Divulgação MDA O governo de Costa Rica pretende adquirir experiências do Brasil em agricultura familiar e intercambiar sua experiência em crédito de carbono. Em visita ao ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, a ministra da Agricultura de Costa Rica, Gloria Abraham, que está em Brasília para participar do I Encontro Iberoamericano de Gestão Territorial, afirmou que quer levar para seu país a experiência bem-sucedida de comercialização dos produtos da agricultura familiar no Brasil. 

Segundo ela, apenas 20% do feijão consumido em Costa Rica são produzidos pela agricultura familiar. Glória Abraham quer elevar esse percentual, utilizando como referência os modelos de políticas públicas adotados no Brasil pelo MDA, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Gloria Abraham contou a Florence que, embora Costa Rica tenha uma estrutura fundiária equilibrada, ainda carece de políticas públicas na área de agricultura familiar. Ela informou que cerca 90% do café produzido em solo costarriquenho vem da agricultura familiar.

Afonso Florence apresentou à ministra de Costa Rica todos os programas desenvolvidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário referentes à agricultura familiar e destacou o Mais Alimentos. Florence explicou sobre o crédito subsidiado e citou como exemplo o fato de o MDA ter disponibilizado R$ 16 bilhões a 1% de juro ao ano para investimentos de até R$ 10 mil e 2% acima deste valor para os agricultores familiares. GR

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